Que poesia maldita é essa que está em minha garganta, mas não tem forças para se pronunciar? No entanto, essa poesia fantasma deve ter um propósito baseado em minhas vontades. E eu fico aqui, costurando meias-palavras em busca de uma inspiração maior, visando ter o mesmo poder de antes. Terei calma, ainda que muitas vezes meu eixo gire tanto, que seja irreconhecível seu trajeto original; ainda que isso pareça tender aos caos, eu tenho viva em mim a esperança de algo que floresceu tão bonito. E sempre será assim, pois rumo a mais sublime das emoções, por mais em disparado que eu vá, sempre esse seu mundo irá fazer com que eu retroceda. Nem as palavras erradas nem as certas serão suficientes para descrever essas vontades. Não digo que me entendo, nem que não sei o que se passa, mas nao vou desistir. Minhas noites monótonas. Sempre pensando no futuro e esquecendo do presente. Imaginando o impossível, acreditando que é possível. Pensando no improvável. Sendo eu apenas mais uma sombra indesejada, um nau sem ruma a beira da estrada. Nao sinto fome. Nao sinto sede. Nao sinto medo. Nao sinto nada. Sou apenas mais um espectro vagando na noite, seguindo o dedilhar da música entoada. E será sempre assim, aproveitando toda e qualquer faísca de inspiração para lhe escrever-lhe algo.
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