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Homeland – 4° Temporada | Crítica

  • A crítica contém spoilers


    Depois da 3° temporada de Homeland, quando a série perdeu seu melhor personagem após alguns episódios problemáticos, era difícil acreditar que a 4° temporada, sem Nicholas Brody, que era o coração da série, embora não fosse o protagonista, que nós teríamos uma temporada que não deixasse o nível das 2 primeiras cair.


    Particularmente eu fiquei um pouco decepcionado quando eu vi que a trama sobre Javadi e do Irã foram abandonadas para acompanhar Carrie Mathinson e sua nova carreira como Drone Queen no Paquistão, de certa forma uma história completamente nova, sem vínculos com o passado foram uma coisa boa para a série, que decidiu realmente começar do zero e se legitimar como uma das melhores séries da atualidade.


    De cara fomos apresentados a dois novos personagens, Sandy e Aayan, o primeiro interpretado pelo ator em ascensão Corey Stoll, o Peter Russo de House of Cards e vilão do ainda inédito filme doHomem Formiga, enquanto o segundo foi interpretado por Suraj Sharma, ninguém menos que o Pi de As Aventuras de Pi. Sandy é o chefe da divisão da CIA do Paquistão, que é morto logo no primeiro episódio dando espaço para Carrie assumir o cargo.



    Nesse cargo, Carrie descobre que muitas das ótimas informações boas que Sandy possuía eram frutos de troca de inteligência com os inimigos, entre essas informações estavam as informações que levaram a CIA a bombardear o casamento de um membro da família do terrorista Haqqani, cujo único sobrevivente “teoricamente” foi o jovem Aayan.


    A primeira metade dessa temporada de Homeland é baseada em Carrie se aproximando deAayan quando descobre que apesar de tudo indicar que sim, Haqqani não morreu no bombardeio e que o garoto, seu sobrinho, sabe disso.


    Pra falar a verdade todo o caso de Carrie e Aayan juntos é um pouco enrolado, ainda que seja interessante ela dar uma de espiã total pra cima do garoto, com direito a disfarce, relações sexuais forjadas e sem culpa, arrombamentos falsos e tudo mais, a sensação de que os 4 episódios que envolveram o rapaz foram arrastados é inevitável, por sorte a temporada compensa isso depois.


    A frase “There is something else going on” é o título de um dos episódios mais tensos do ano, mas de fato há muita coisa a mais acontecendo a todo momento nessa quarta temporada deHomeland. Os jogos de espionagem em que a CIA se mete no Paquistão são muito interessantes, o que nos faz imaginar que o trabalho de espião é muito menos James Bond e muito mais sujo e as vezes até um pouco monótono até as coisas ficarem tensas de verdade e a tensão esse ano veio graças ao sequestro de Saul Berenson, que é a segunda metade da temporada.


    Desde quando Carrie descobre que seu antigo mentor foi sequestrado a série não nos deixa descansar um minuto, com momentos após momentos de nos fazer gritar inutilmente com a analista pela tela e nos deixando o tempo todo na ponta da cadeira e sempre esperando o pior, afinal, depois de que Brody morreu, certamente ninguém está a salvo na série e isso se comprova no 10° episódio dela, depois do momento lindo e tenso da troca de reféns, onde uma das melhores personagens é morta.



    Fara teve um momento especifico na terceira temporada que fez a personagem já estrear de forma brilhante, portanto todo carinho com a personagem era pouco entre os telespectadores e também entre os próprios personagens da série, em especial Quinn, que realmente era um amigo pra ela. Portanto a sua morte foi fria e meticulosamente bem escolhida e a forma como ela foi orquestrada era de colocar todo mundo a flor da pele.


    Esse foi o ano das mulheres em Homeland, Saul estava em perigo, Quinn desolado e instável enquanto Carrie era a grande comandante por trás de tudo, Fara era quem conseguia discutir com ela no mesmo nível e ainda foi um dos pontos mais emocionantes da temporada, do lado dos “vilões” era Tasneen quem comandava tudo, ela era uma espécie de anti-Carrie, possuía habilidades semelhantes, fontes internas semelhantes e uma garra semelhante e no final ainda foi a vitoriosa na batalha.


    Quanto a isso, é certamente curioso ver Carrie sendo derrotada, embora tecnicamente os vilões tenham vencido a segunda temporada também, não houve uma derrota real para a personagem e a forma como ela lidou por ter sido superada por Tasneen esse ano foi surpreendente, ela lidou bem com isso, o que é mais do que se espera da mulher que tentou afogar seu próprio bebê episódios antes, parte do charme da loucura de Carrie vem do fato que ela lida muito melhor com problemas que ameaçam uma nação e diversas vidas, do que com conflitos emocionais e pessoais.


    Não se engane, a Carrie se mostrou instável como sempre, inclusive no episódio sobre a troca de seus remédios ela deu o seu show habitual de atuação e nós ainda tivemos a grata surpresa da participação especial de Damien Lewis com seu fantástico Nicholas Brody. Mas apesar de tudo, o personagem psicologicamente mais frágil do ano foi Peter Quinn, que está assim desde a temporada anterior quando ele matou uma criança logo no primeiro episódio. Quinn quer sair e de acordo com uma amiga da inteligência alemã ele sempre quis, mas nunca acha a força de vontade para fazer.



    Esse ano  ainda foi o grande homem da ação da série, ele é o que mais nos faz lembrar de que Homeland ainda pode ser uma série de ação quando precisa, mas sua fragilidade o deixa vulnerável e isso só deixa as coisas mais interessantes, nos últimos episódios durante todo o tempo sua segurança estava em risco e bem provavelmente esse será o ponto de pressão do inicio da quinta temporada, mas de cara eu acho que o romance dele com a Carrie é uma situação extremamente desnecessária e improvável, embora a química entre os dois no último episódio tenha sido convincente, (talvez eu possa me convencer desse romance por esse fato), mas ele vai precisar ser mais trabalhado do que isso.


    Por falar em último episódio, vale dizer que há muitas reclamações sobre ele internet a fora, e vou ter que admitir que foi um pouco estranho mesmo, a 4° temporada foi de deixar qualquer um tenso como eu mencionei acima e o último episódio por outro lado não acontece nada remotamente tenso, são só pessoas conversando e pessoas andando de carro, nada mais. Obviamente teve muitas resoluções ali, até mesmo a resolução sobre o caso da mãe de Carrie e da morte do ator que faz o papel do pai dela, e consequentemente a morte do personagem, mas a maior resolução que tivemos foi a explicação do porque Dar Adal estava no carro com Haqqani no episódio anterior, enquanto era cômodo pra nós imaginar que ele era um traidor, de fato ele não só não é um traidor, mas estava cumprindo um dever para o seu país, o que é um tapa na cara do publico e ainda o mais importante, é um tapa na cara daqueles que diminuem o impacto de Homeland por achar que a série de alguma forma é ufanista e americanizada demais.


    Na boa, se você não assiste Homeland porque acha que ela é feita com o único intuito de glorificar os EUA, considere que só esse ano a protagonista da série (a grande americana) tentou afogar seu próprio bebê simplesmente por não querer ser mãe, que bombardeios de drones americanos mataram inocentes, que os EUA perderam para terroristas e que principalmente, por baixo dos panos os EUA negociam com terroristas, na boa, se isso é glorificar os EUA, eu fico aqui imaginando o que uma série faria para difamar.


    PS: Antes de terminar, sabe o que fez essa quarta temporada ser a melhor temporada deHomeland até agora? (empatando com a 2°). Nós não tivemos nenhum sinal de Dana Brody e que continue assim.

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