A postando em sistemas de colorização personalizados como forma de atrair a atenção do público, a Razer decidiu adicionar o BlackWidow Ultimate à sua linha Chroma. Na prática, isso significa que o dispositivo mantém as qualidades que o tornaram famoso no mundo gamer, ao mesmo tempo em que oferece novas opções visuais aos consumidores.
Tivemos a oportunidade de passar alguns dias com o acessório, testando sua eficiência tanto em jogos eletrônicos quanto em tarefas cotidianas como navegar pela internet ou escrever textos. Confira nossas impressões e, após a leitura, registre sua opinião sobre o periférico em nossa seção de comentários.
Ao ser retirado da caixa, o modelo BlackWidow Ultimate Chroma em nada se difere do modelo lançado pela Razer este ano — que, por sua vez, é visualmente idêntico ao BlackWidow Ultimate 2013, cuja análise você confere neste link. Não fosse o nome do produto, presente na etiqueta fixa em sua parte traseira, seria difícil diferenciá-lo entre as demais opções oferecidas pela fabricante.
Isso significa que o produto possui um visual simples, que dispensa completamente qualquer espécie de descanso para os punhos do usuário. Em relação a um modelo convencional, a principal diferença do periférico fica por conta da inclusão de cinco teclas Macro localizadas em seu canto esquerdo.
Com uma espessura relativamente grande (que se reflete em um peso generoso), o BlackWidow Ultimate Chroma é naturalmente inclinado e possui um perfil alto, o que pode fazer você dispensar o uso de seus suportes traseiros. Em sua lateral direita, o produto apresenta uma entrada USB e conectores para fones de ouvido — o que evita ter que acessar a parte traseira de seu PC para conectar dispositivos compatíveis.
Apresentando um logotipo da Razer centralizado em sua parte inferior, o equipamento também dispõe de um mostrador em LED acima de seu teclado numérico. Bastante discreta, essa área só se torna evidente ao acionar funções como a gravação de macros ou o “Modo Game”, que bloqueia funções como aquelas exercidas pela tecla Windows.
O periférico apresenta um acabamento fosco na cor preta e um cabo conector resistente e um tanto inflexível — característica que garante a sua resistência. O produto está disponível no Brasil somente em sua configuração internacional e não há indícios de que uma versão ABNT será lançada. Assim, quem deseja utilizar o teclado vai ter que passar por um processo de adaptação até dominar o posicionamento diferenciado apresentado por algumas teclas e acentos.
A principal diferença do BlackWidow Chroma em relação às demais versões do teclado da Razer é seu sistema de retroiluminação. Tendo à disposição nada menos que 16,8 milhões de cores, o usuário pode mudar livremente o tom exibido pelo aparelho, bastando para isso utilizar o software Synapse.
Além de optar por uma cor estática, você pode acionar o modo “Ciclo de espectros”, que altera automaticamente o tom adotado pelo dispositivo em ritmo frequente. Também há o modo “Respiração”, em que você escolhe duas cores que ficam alternando sua intensidade conforme você usa o acessório.
Outra opção interessante é o modo “Reativo”, que passa a iluminar teclas durante alguns segundos logo após você as ter acionado. Embora não muito prática em ambientes escuros, a solução se prova ao menos como uma pequena diversão sem grandes consequências em longo prazo.
Por fim, há o modo “Onda”, que aciona uma grande variedade de cores que ficam “percorrendo” seu teclado da direita para a esquerda (ou vice-versa). Essa é possivelmente a opção mais estranha desenvolvida pela Razer, visto que a quantidade de cores exibidas acaba distraindo e até mesmo incomodando o usuário pouco tempo após a alternativa ser acionada.
Tal qual acontece nas demais versões do BlackWidow Ultimate, o modelo Chroma se prova uma das opções mais completas da categoria. O switch mecânico desenvolvido pela Razer possui um “clique” agradável de ouvir e responde muito bem aos toques, exigindo o uso de uma quantidade baixa de força para serem acionados devidamente.
Graças ao software Synapse, mudar a maneira como determinada tecla se comporta (opção que pode ser atrelada a programas ou jogos específicos) e configurar macros se torna um processo bastante simples. O único problema nesse sentido é que o acessório não possui uma memória interna para guardar as configurações feitas pelo usuário, embora seja possível armazenar as mudanças realizadas na nuvem.
Tal qual seus antecessores, o BlackWidow Ultimate Chroma é uma opção excelente tanto para jogar quanto para digitar textos. Os dispositivos mecânicos da Razer se mostram precisos e oferecem uma experiência confortável independente do uso que você pretende dar a eles. Além disso, o peso considerável do acessório, somado a seu acabamento inferior emborrachado, impede que ele deslize acidentalmente enquanto você realiza suas atividades.
No geral, o desempenho do produto é bastante semelhante ao que pudemos testemunhar na versão 2013 do mesmo dispositivo. A principal diferença, nesse caso (além da presença de switches feitos pela própria fabricante, algo incorporado em 2014) é o sistema de retroiluminação, que serve mais como um elemento extra do que algo que realmente vai mudar a maneira como você digita ou joga.
Tal qual acontece com os demais modelos da linha BlackWidow, o produto pertencente à linha Chroma é uma ótima opção para quem procura um bom teclado mecânico. No entanto, o dispositivo carrega em si um problema adicional — devido ao seu sistema de retroiluminação, ele chega a custar R$ 1,3 mil, quase o dobro da versão 2014.
Assim, quem tem orçamento apertado, mas faz questão de um acessório multicolorido, pode achar uma ideia melhor investir em alternativas como oCorsair K70 RGB. Além disso, o Tesoro Lobera Supreme também se mostra uma opção mais acessível, embora ele não seja tão fácil de ser encontrado no país.
Em resumo, o BlackWidow Ultimate Chroma mantém a tradição da Razer de oferecer aos seus consumidores uma das melhores opções de teclados mecânicos no mercado. No entanto, isso também vem acompanhado pelas características negativas da empresa que, posicionada no Brasil como uma opção “Premium”, quase sempre tem seu nome associado a preços que podem ser considerados um tanto exagerados.