A Plextor é uma empresa japonesa que ficou conhecida por fabricar drives ópticos principalmente de CD e DVD. Mas ela também trabalha com discos rígidos e, mais recentemente, SSDs.
O SSD que nós testamos da marca é o Plextor PX-128M6S, uma unidade de estado sólido de 128 GB que, segundo a empresa, foi desenvolvida para apresentar um desempenho consistente a médio e longo prazo, característica importante principalmente em um dispositivo de custo elevado como um SSD.
A linha M6S conta com modelos de 128, 256 e 512 GB.
Esse SSD carrega um controlador Marvell 88SS9188 em seu interior, que trabalha em conjunto com chips de memória NAND do tipo A19 (19 nm), fabricados pela Toshiba. A tecnologia empregada pela Toshiba no desenvolvimento desses componentes evoluiu bastante nos últimos tempos, principalmente no consumo energético. Isso faz com que esse SSD seja razoavelmente econômico e indicado para máquinas de baixo consumo, como Ultrabooks e afins.
A memória NAND é do tipo “alternância síncrona” (synchronous toggle nand flash). Existem dois tipos de memória NAND: síncrona e assíncrona (além do modo toggle, que é uma mistura dos dois). A vantagem da memória síncrona é que ela pode ser um pouco mais rápida e ter uma longevidade maior que o outro modelo. Contudo, essa performance extra pode ter um impacto no preço do produto.
A Plextor não deixa de destacar em seu site oficial que o controlador Marvel incluído nesse SSD é dual-core. Com isso, ele também apresenta um bom desempenho e um consumo energético baixo. O chip trabalha com um firmware proprietário da Plextor, que incorpora as funções especiais da fabricante, como detecção de blocos com defeito, controle de erros de leitura e escrita, entre outros.
Nós realizamos diversos testes com o SSD, fazendo-o para rodar aplicativos específicos e benchmarks próprios para a medição de desempenho. Para completar, o colocamos ao lado de outros modelos para que seja possível ter uma base de comparação.
Importante: para fins de comparação, utilizamos SSDs de tamanho e modelos diferentes durante os testes, algo que pode impactar levemente nos resultados. A diferença entre os testes também é relacionada ao tipo de data sendo transferida para a unidade: compressível ou incompressível. Algumas controladoras não compactam os dados antes da gravação, o que aumenta a velocidade, mas degrada mais rápido os chips de memória.
No caso do SSD testado (e da maioria dos modelos que utilizam chips SandForce), existe a compressão de dados, por isso os resultados devem ser influenciados por isso quando os testes tratarem de dados incompressíveis (não compactáveis).
O teste de cópia de arquivos é o mais simples de todos. Criamos uma pasta dentro do drive e copiamos um arquivo de vídeo de 3,55 GB para ela. Depois, copiamos esse mesmo arquivo para uma segunda pasta, na mesma unidade. Para coletar os dados, utilizamos o aplicativo TeraCopy, que apresenta um relatório detalhado no final do processo e não utiliza dados em cache, o que poderia comprometer o resultado final.
O ATTO Disk Benchmark é um aplicativo simples que mede a transmissão de arquivos de vários tamanhos diferentes para medir o desempenho do disco. O programa utiliza dados compressíveis e sequenciais, o que garante a velocidade máxima teórica, inclusive com controladoras que utilizam a compressão de dados. É importante lembrar, contudo, que esses resultados não refletem exatamente o uso real do aparelho, já que nem sempre a máquina trabalha com dados sequenciais.
CrystalDiskMark é um software de testes que trabalha com diferentes modos de transmissão, incluindo a gravação e leitura de arquivos sequenciais e randômicos de tamanhos variados. O software utiliza dados incompressíveis, o que pode resultar em uma queda no desempenho de drives com controladores SandForce. Esse tipo de teste reflete resultados mais próximos ao uso do drive no dia a dia.
O HD Tune mede a velocidade de leitura do drive de duas formas diferentes: primeiro, a velocidade máxima e mínima de transmissão; em seguida, a velocidade média de acesso aos arquivos. O software utiliza dados compressíveis durante o benchmark.
O PCMark 8 é desenvolvido pela Futuremark, empresa especialista em aplicativos de benchmark para várias plataformas. Para medir o desempenho do disco (ou SSD), o PCMark trabalha com uma série de testes diferentes simulando operaçoes de trabalho com aplicativos Adobe e Microsoft, além de games. com isso é possível ter uma noção de como a unidade de armazenamento trabalha no dia a dia.
A Plextor costuma trabalhar com componentes de qualidade em seus produtos, e um exemplo disso é o tipo de memória NAND empregada nesse SSD. Isso garante que a unidade terá um pouco mais de fôlego a longo prazo. O tempo estimado de durabilidade é de 1,5 milhão de horas, contra 1 milhão de horas geralmente oferecidas em modelos similares.
O desempenho desse SSD também é bastante razoável. O chipset Marvell 88SS9188 consegue lidar bem com escrita e leitura de arquivos, ultrapassando os 500 MB/s de transferência em arquivos compressíveis, batendo no limite da porta SATA 3.0. O consumo baixo faz desse componente uma ótima opção para notebooks.
Em termos de custo, pelo menos por aqui, o valor está na média de outros SSDs da mesma categoria. Até o fechamento dessa análise, o PX-128M6S podia ser encontrado no mercado brasileiro por cerca de R$ 270. Se comparado com outros produtos, ele não oferece nada muito excepcional, mas continua sendo uma boa pedida para quem quer acelerar o sistema.