O 4G finalmente chegou ao Brasil. As principais operadoras lançaram seus planos para as cidades que sediarão a Copa das Confederações em junho deste ano: Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e Salvador, conforme exigia o cronograma da Agência Nacional de Telecomunicações, a Anatel. A Claro, a Vivo e a TIM já estão operando nas seis cidades, a Oi até o momento só lançou o 4G no Rio de Janeiro, e deve disponibilizar a rede para as outras cinco até metade de maio. A Vivo e a Claro foram além, e já lançaram a tecnologia na cidade de São Paulo também.
Utilizando a tecnologia LTE, o 4G promete revolucionar a internet móvel. A ideia é que, pelo celular, estejamos conectados o tempo todo em altíssima velocidade e em qualquer lugar. Por aqui, ele está sendo implantado na frequência de 2,5 GHz, já que a faixa de 700 MHz é usada pela TV analógica. O 4G pode chegar a velocidades de 100 megabits por segundo. Ou seja, estamos falando de quase 100 vezes a velocidade que o 3G promete – e cá entre nós, dificilmente cumpre - hoje em dia.
Nós resolvemos fazer o teste. Usando um aparelho Motorola Razr HD e um notebook, testamos a rede da Claro e da Vivo em alguns pontos da cidade de São Paulo. Para o teste, usamos como parâmetro vídeos no YouTube, em alta definição. E para medir a velocidade da conexão, usamos o aplicativo SpeedTest.
Vale lembrar que tanto o 4G da Claro, quanto o da Vivo, oferecem coberturas que variam de 20 megabits a 60 megabits. Vamos aos testes.
Na região da Berrini, zona sul de São Paulo, a conexão da Claro oscilou bastante e perdemos o sinal do 4G antes mesmo de medir a velocidade. Já a Vivo chegou a atingir 27 megabits. No bairro do Morumbi, também na zona sul, as duas operadoras tiveram baixo desempenho. Aliás, o 4G da Claro não funcionou. E o da Vivo ficou entre 1 megabit e 3 megabits. Já na região da Cidade Jardim, a tecnologia da Claro funcionou muito bem, com velocidade de até 32 megabits. E, por fim, testamos o 4G na Avenida Paulista, local onde há grande concentração de redes e antenas de TV. O resultado também não foi dos melhores para a Claro. Não havia cobertura do 4G. E o da Vivo oscilou bastante, chegou a atingir 23 megabits, mas ficou a maior parte do tempo entre 3 e 1 megabit.
Apesar do bom desempenho em algumas áreas, em vários pontos importantes da cidade o 4G deixou a desejar. Na maior parte, aliás, simplesmente não funcionou.
Outro ponto importante é que para usar o 4G você precisa de um smartphone ou modem compatível com a tecnologia. E ainda não são muitos os smartphones compatíveis com o 4G brasileiros.
Bem, cá entre nós, o resultado dessa nossa peregrinação pelas ruas de São Paulo não foi grande supresa. A verdade é que esses primeiros momentos do 4G devem mesmo deixar a desejar. A frequência usada por aqui também não ajuda: ela é menos eficiente do que a adotada, por exemplo, nos Estados Unidos, onde o 4G trafega pelos 700 megahertz. Então, antes de pensar em trocar de plano e de aparelho, talvez seja melhor pensar de novo – e esperar um pouco. Neste primeiro momento a experiência do 4G pode ser um pouco frustrante.
Deixamos um link acima para uma matéria que mostra quais aparelhos compatíveis com o 4G já estão disponíveis por aqui. Logo ao lado, você encontra outros links para várias matérias que fizemos nos últimos tempos explicando a tecnologia 4G e sua chegada por aqui. E você, o que achou? Vale a pena contratar um plano 4G agora? Deixe sua opinião nos comentários e compartilhe sua visão.