Publicado em 11 de julho de 2020
O presidente do Hospital Israelita Albert Einstein, Sidney Klajner, confirmou a suspensão da imunologista Nise Yamagushi e não descarta a demissão da médica, mas nega que a razão seja o fato da oncologista ter se tornado uma das principais vozes na defesa da hidroxicloroquina no combate do coronavírus.
Em entrevista exclusiva ao jornalista Roberto Cabrini nesta sexta-feira (10), Yamaguchi revelou que o seu afastamento ocorreu por meio de um telefonema e afirmou que a direção do Albert Eistein acredita que o seu posicionamento a favor do uso da hidroxicloroquina "denigre o hospital".
Klajner, porém, nega que esse seja o motivo e explicou que a decisão de suspender a médica se deve a sua declaração comparando o pânico enfrentado pelos judeus na Segunda Guerra Mundial ao medo para a tomada de decisões em relação à pandemia.
"No momento em que ela compara o momento da pandemia com a massa de judeus famintos, nós temos que averiguar se isso foi real interesse ofensivo ou se foi apenas infelicidade, já que foi um comentário bastante insólito, em uma entrevista que nada tinha a ver com isso.", afirma.
Ao ser questionado sobre uma possível reintegração ou demissão da oncologista do quadro clínico do hospital, Klajner é enfático "nós vamos esperar a apuração dos fatos, que será feita por um comitê específico para isso." E continua: "nós temos que consultar quais consequências podem haver. Porque nunca na história do Hospital Albert Einstein, que neste mês completou 65 anos, houve uma situação igual a essa."
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