Cinco anos se passaram desde aquele 28 de novembro. Parece tanto e, ao mesmo tempo, tão pouco tempo. Peculiaridade da vida e sua contradição entre a finitude da existência e a eternidade de quem jamais sairá de cena.
Roberto Gómez Bolaños nos deixou naquela sexta-feira. Milhões de lágrimas verteram naquele final de semana, em que a América chorou a despedida de um dos seus grandes gênios. Mesmo sabendo ser inevitável, o fim da vida nunca deixa de nos surpreender, impactar. Sobretudo quando se vai alguém que tanto amamos e admiramos.
Mas Chespirito só deixou o plano terreno. Alcançou o merecido descanso depois de uma vida devotada a fazer rir, encantar e emocionar. Sua galeria de personagens divertiu e diverte várias gerações. Seu trabalho alcançou o mundo inteiro, reservou-lhe um lugar no panteão dos grandes comediantes. De Chaves a Vicente Chambón, de Chapolin a Chompiras, de Dr. Chapatin a Dom Caveira, seus protagonistas inscreveram na história o nome do pequeno Shakespeare mexicano.
E como alguém segue conosco mesmo tendo ido embora? Porque seguimos com ele todos os dias. Assistindo aos episódios de sempre nas telas grandes ou pequenas. Em momentos de nostalgia como os eventos temáticos, celebrações como o tributo musical. Quando citamos ao acaso uma palavra, frase ou diálogo de seu imaginário. Sem querer querendo, ele estará sempre aqui.
Passaram-se cinco, passarão outros cinco, dez, muitos anos mais. E com a certeza de que ele continuará conosco, enquanto houver quem ria, se divirta e se emocione com seu trabalho. Da nostalgia da memória da infância à alegria com novos momentos que compartilhamos com ele. Pequenos bordados de uma história que continua sendo tecida dia após dia.
Neste 28 de novembro, cinco anos depois daquele dia, só temos a agradecer por tudo e por tanto. Onde estiver, estará sempre conosco. Muito obrigado, Roberto Gómez Bolaños.
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