Sobre a agressão sofrida no jogo Palmeiras x Corinthians, eis o vídeo que mostra o momento do fato.
Ressalto alguns detalhes importantes:
- Tinha mais de 300 jornalistas trabalhando na tribuna de imprensa Osmar Santos.
- Somente seis seguranças faziam a "proteção" do local. Três de cada lado da tribuna. Todos eles terceirizados.
- Esses profissionais foram orientados (interpretação particular) para apartar possíveis choques ocasionados pela torcida com a imprensa, e não remediar qualquer problema do gênero, já no seu nascedouro - observem que antes de jogar o cesto de lixo, alguns cidadãos já demonstravam sua exaltação de outras formas, como agressões verbais, cuspes e ameaças nocivas de invasão do espaço destinado a imprensa.
- Não existia a presença de policiais militares fazendo, sequer, uma ronda na localidade destinada para os jornalistas.
- O ato da agressão não foi realizado com foco nos profissionais da Rádio Poliesportiva, e sim, generalizado para a imprensa como um todo, tendo como prova cabal os gritos de "Imprensa Gambá" - fazendo uma possível alusão da ligação de todos do meio ao Corinthians - realizado por um número considerável de torcedores que saiam ao lado de nosso espaço de transmissão, logo após a consumação do titulo Corintiano na cobrança de pênaltis. Se tivesse qualquer outra equipe de rádio em nosso lugar, sofreria a mesma atitude selvagem que sofremos. Por nosso espaço de transmissão ser o mais próximo a arquibancada, nós fomos os vitimados.
- Em relatos colhidos no próprio estádio, outros profissionais sofreram agressões e ameaças, principalmente os repórteres de campo.
- Sociedade Esportiva Palmeiras, Federação Paulista de Futebol, e Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo, até o presente momento, não se pronunciaram sobre o ocorrido.
A atitude da Rádio Poliesportiva:
- O corpo diretivo da Rádio encaminhou um comunicado para a Sociedade Esportiva Palmeiras, Federação Paulista de Futebol e Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo exigindo explicações sobre o ocorrido e ações efetivas visando a melhoria da segurança para os profissionais de imprensa já no jogo do dia 11 de Abril, entre Palmeiras versus Boca Juniors. Assim que obtivermos retorno, comunicaremos o que foi passado.
A minha atitude sobre o caso:
- Até o presente momento, conversei com alguns advogados e pessoas ligadas ao meio jurídico e estudo abrir um processo contra os responsáveis por esse ato, tanto o torcedor, quanto as entidades responsáveis pela organização e segurança do evento. Durante essa semana, devo procurar outros profissionais da área para sedimentar essa ação.
- Quarta-Feira, 11 de Abril, estou convocado para transmitir Palmeiras x Boca Juniors, em jogo válido pela terceira rodada da fase de grupos da Taça Libertadores da América. Não só narrarei esse jogo, como executarei minha função no mesmo lugar que fui alvejado pela cesta de lixo na final do Paulistão 2018. Lembrando que esse jogo também será filmado.
Não tenho medo de ninguém! Sou Jornalista diplomado e, honrando a profissão que amo, seguirei firme e em frente, trazendo a máxima emoção com qualidade, interação e respeito pelos meus ouvintes e espectadores. Para quem já cobriu reintegração de posse, greve, e quase morreu de câncer aos 22 anos de idade, não será uma cesta de lixo que parará minha carreira.
Agradeço ao carinho de todos. Fico a disposição para esclarecimentos e outras posições sobre o caso.
Sigamos em frente, felizes e cantarolantes, enchendo a mente de sabedoria, a alma de esperança e o coração de felicidade!
Ramoni dos Santos Artico
Indaiatuba, 09 de Abril de 2018.