Titã é um dos satélites do Sistema Solar, que mais desperta interesse de ser explorado.
Por incrível que possa parecer ele mantém algumas características semelhantes com a Terra.
Ele tem uma atmosfera densa, possui lagos, rios, mares, possui um ciclo de hidrocarboneto parecido com o ciclo de água na Terra, possui um nível de mar como na Terra.
Na verdade, no Sistema Solar, somente a Terra e Titã é que possuem líquido na superfície, na Terra água e em Titã hidrocarboneto.
Existem pesquisas já bem avançadas em astrobiologia, que dizem que até mesmo algum tipo de vida poderia se desenvolver em Titã.
Titã já nos surpreendeu uma vez, quando em 2005 o módulo Huygens carregado pela sonda Cassini pousou no satélite de Saturno e nos revelou um mundo maravilhoso.
Desde então se faz a pergunta, voltar ao não para Titã?
A NASA recentemente escolheu como um dos finalistas do seu programa chamado New Frontiers, uma missão de exploração de Titã.
O New Frontiers é responsável por missões relativamente baratas pelo Sistema Solar.
Em dezembro aconteceu, digamos as semifinais, onde duas missões foram selecionadas para a grande final que irá acontecer em 2019.
Uma missão é para explorar o cometa Churyumov-Gerasimenko, dando continuidade ao trabalho da Rosetta.
E a outra é para explorar Titã.
O projeto para explorar Titã é chamado de Dragonfly.
Consiste de um quadricóptero, ou algo bem parecido com um drone, que terá a capacidade de voar em Titã, pousar em determinados locais, fazer medidas e estudos, decolar novamente e assim por diante.
Isso só é possível devido à densa atmosfera de Titã.
O Dragonfly será movido a energia radioativa, como o Curiosity, na verdade é um gerador termoelétrico de radioisótopo, quem viu o filme Perdido em Marte vai lembrar, quando ele coloca dentro do rover para esquentar.
A ideia é que ele leve uma suite de instrumentos para realizar medições da crosta congelada de Titã, inspecionar seus mares e oceanos de hidrocarbonetos, e também investigar um provável oceano em subsuperfície que ele deve ter.
As suas pás de pouso serão instrumentos sismológicos que serão usados para experimentos sísmicos em Titã.
E óbvio será equipado com uma câmera para fazer belas imagens do satélite de Saturno.
De agora até 2019, o projeto Dragonfly irá receber uma verba para ser desenvolvido e em 2019 acontece a grande final.
Como o cometa Churyumov-Gerasimenko já foi estudado e analisado pela Rosetta, eu estou torcendo muito pelo projeto Dragonfly para explorar Titã.
E você?
Fonte:
Revista All About space April 2018
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