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Investimento a longo prazo…

  • Não é um post sobre economia, pois não entendo muito do assunto além do básico e imprescindível: gaste menos do que ganhe! E isto já é um conhecimento e tanto, não acham? O investimento no caso aqui, são em pessoas e isto pode gerar lucrativos dividendos. É o caso de repensar o valor que você anda dando a algumas pessoas e o menosprezo a outras. Nossa sociedade dá muito valor para a aparência, status e posses e isto pode – invariavelmente é – enganoso.

    Escrevo isto enquanto vejo duas mulheres contarem vantagem uma à outra ao meu lado no aeroporto. A loura siliconada e chapada, milimetricamente esculpida no cirurgião comenta da nova conquista amorosa: “Neste vale a pena investir, trabalha numa multinacional com escritório na Av. Paulista, tem um mini Cooper e um corpo, tipo modelo de cueca italiana, sabe?”. Ao que a outra responde com a inveja escorrendo pelos lábios. “É, se for isto tudo mesmo, segura que é difícil achar”.

    É bem difícil mesmo! Algum problema tem, aposto. E nem é agouro invejoso, é que não acredito nesta perfeição toda. Acho bem improvável topar em qualquer esquina com uma pessoa bonita, inteligente, simpático e, ainda por cima, rica! Ainda que fosse comum, eu avaliaria as possibilidades de tudo isto se manter a médio e longo prazo e que peso teriam estes atributos todos na relação. O que julgamos valer a pena pode ser um chato de galocha, cheio de si mesmo, arrogante a ponto de ninguém o agüentar, ser demitido, virar um gordo careca que ronca toda noite e endividado para conseguir manter ao tal carrão. Exageros à parte, o que quero mesmo dizer é que aquela pessoa que parece um “João ninguém” tem chances de se tornar uma pessoa grandiosa na vida, mesmo que não ostente todos os requisitos exigidos pela sociedade.

    Conheço pessoas que escolhem o namorado baseado na marca da o jeans, do tênis ou do carro. Contudo não admitem os critérios. Outro dia vi que não comprei uma ação que desvalorizou e fiquei muito feliz de ter esperado – não riam, é sério! Quando eu tinha meus 13 ou 14 anos era apaixonada por um lindo cara de 18. Ele charmoso, musculoso e com uma cantada irresistível para nós adolescentes da oitava série. Olhos claros, alto e descolado, parecia não precisar de mais nada para fazer uma garota feliz. Não que eu fosse grande coisa, mas tive minha chance com o tal. De medo, não arrisquei – era meu sonho casar com meu primeiro namorado e ponderei que levaria muito tempo até poder casar, então esperei o próximo.

    Fato é que no período em casa, no final do ano, encontrei o dito cujo e quase não o reconheci. Talvez uns 40 kg circundavam aquele corpinho que outrora impunha um tanquinho no que chamamos de barriga, mas isto nem era tudo. Os cabelos se foram, a barba desgrenhada fazia um par sombrio com os óculos feios e a camisa suada e mal abotoada lhe davam muito mais que os 32 anos que deve ter. Foi inevitável pensar: “Ufa, escapei desta!” Lembrei disto ao ouvir a conversa aqui do lado e ponderar que se a escolha do cônjuge depender da aparência, um futuro nebuloso está à frente. No dinheiro e no poder também não há garantias. O jeito é escolher por um seguro, mas pouco atraente critério: caráter.

    E vale pra tudo. Amigos, parceiros de trabalho, casamento. Que as pessoas erram, todos sabemos, mas as que tem princípios retos, caráter burilado por Deus e um foco na vida ainda são os “títulos” mais seguros para investimento.

    Ah, meu “investimento” anda valorizando a casa ano que passa. Estou no lucro! (risos)