Se o “merda” na frase acima te incomodou, não assista a esse filme.Se beber não case é uma comédia adulta e politicamente incorreta (como a maioria das melhores comédias são) até o último fio de cabelo. Então se quiser um humor permitido para menores, procure outro filme.
A parte de ser um humor adulto não é demérito em nenhum sentido. Na verdade faz que com que esse seja o filme mais engraçado desse ano até o momento. Te faz rir desde o primeiro minuto até o último. E duvido que algum filme que vá estrear possa superá-lo.
O filme abre com Phil dizendo para noiva que o casamento dela não vai acontecer. O noivo está sumido. “Fudemos tudo”, ele diz. Voltamos dois dias desse acontecimento. O noivo, Doug, está partindo para Las Vegas com seus dois padrinhos e seu cunhado para sua despedida de solteiro na "cidade do pecado".
Um dos padrinhos, Phil (Bradley Cooper), é um professor de colégio, casado e com um filho, que diz odiar sua vida. Stu (Ed Helms) é um dentista que diz a todos que é médico e é totalmente dominado pela mulher (megera) que o chifrou em uma festa num barco. Alan (Zach Galifianakis) é o irmão da noiva meio “lento” mentalmente que, judicialmente, não pode ficar muito perto de escolas, “Ele parece um Gremlin. Vem até com manual de instruções.”, um deles se refere a ele.
Dia seguinte da grande noite, eles acordam com o quarto totalmente destruído, uma criança chorando no armário, um tigre dentro do banheiro, um dente faltando, uma galinha e o noivo sumido. Já que não o acham em parte alguma, eles começam a refazer seu caminho através de pistas que encontram. Pra piorar a situação, quando o manobrista vai lhes entregar o carro, um Mercedes novinho do sogro do noivo, entrega uma viatura policial.
A busca pelo noivo, faz com que visitem uma Capela de Casamentos, apanhem de um efeminado mafioso chinês, entrem na casa de uma prostituta, façam uma parada no hospital e um encontro com Mike Tyson. Esse turismo durante um longo dia por Vegas à procura do noivo, faz com que aos poucos vão reconstituindo o que aconteceu na noite anterior. E observem que não usei a palavra relembrando.
O diretor Todd Philips tem na sua mão um filme recheado de situações absurdas com personagens bizarros. Claro que a ida para a “Cidade do Pecado” serve como uma terapia de choque para todos os personagens. E isso é o melhor do filme. Parece que seus filmes anteriores, Dia Incríveis e Caindo na Estrada, eram apenas o rascunho do que estava por vir.
No final só ficou uma pergunta: que diabo aquela galinha faz lá?