Existem personagens e franquias que geram sentimentos que vão do amor ao ódio. É o caso de certas franquias para adolescentes, por exemplo: quem não ama, odeia. No entanto, este não parece ser o caso de Godzilla. O monstro mais famoso do mundo parece gerar amor ou indiferença: os que não gostam de ver o grande lagarto destruindo metrópoles, apenas se limitam a não dar nenhuma atenção a ele.
Neste novo “Godzilla”, que revive o tokusatsu em terras americanas após o fracasso de crítica homônimo de 1998, muitos elementos procuram mostrar que trata-se de algo mais que um simples filme-pipoca, mas acabam soando exagerados. No final das contas, os problemas do longa acabam se perdendo em meio às cenas de ação e às atuações de boa qualidade.
O filme mostra a história de Ford (Aaron Taylor-Johnson), um jovem soldado americano que perdeu sua mãe (Juliette Binoche) em um acidente (aparentemente) nuclear no Japão e desde então seu pai (Bryan Cranston) passou a investigar tudo o que podia para descobrir o que estava por trás do acidente.
A própria trama de “Godzilla” se revela com falhas desde o início: sem saber em quem focar a ação, o roteiro nos faz pensar, logo no início, que o personagem principal é o cientista Joe Brody (Cranston), para só depois focar a narrativa em Ford, mas não sem antes dar bastante ênfase ao Dr. Serizawa (Ken Watanabe) – o que foi uma ótima ideia, já que Watanabe consegue dar uma carga dramática interessante ao personagem.