internet avança a passos largos: hoje, mais de 3 bilhões de pessoas possuem acesso à grande rede de alguma forma, seja através dosmartphone, tablet, ou usando desktops e notebooks. Para termos uma ideia desse crescimento, no final do ano 2000, havia apenas 360 mil pessoas conectadas. Ou seja, houve um crescimento de 741% na quantidade de usuários da internet.
No entanto, engana-se quem pensa que tudo são flores ao observar esses números surpreendentes. 3 bilhões de pessoas parece muita gente, não é mesmo? Mas, se considerarmos que a população mundial se aproxima da casa dos 7,2 bilhões, esse dado perde um pouco de seu impacto. Considerando essa estatística, a penetração da internet no mundo chega a 42%. Ou seja, a cada 10 habitantes, apenas quatro possuem acesso à grande rede.
Considerando a população mundial e o índice de penetração da internet nas diferentes regiões do globo, o lugar onde a grande rede tem maior dificuldade de adentrar é o continente africano. Lá, apenas 26,5% das pessoas podem ficar conectadas, número bem inferior ao encontrado na América do Norte, por exemplo, cuja porcentagem se aproxima de 90%.
Os altos índices de pobreza, a precariedade na infraestrutura e a falta de investimentos poderiam ser indicados como a causa para esse número. Porém, esses dados são um pouco mascarados se os observarmos de maneira estática. Entre os anos 2000 e 2014, o crescimento de número de pessoas com acesso à internet na África foi de 6.498,6% — de 4 milhões de usuários para quase 300 milhões.
A Ásia, apesar de possuir alguns dos países mais conectados do mundo, como o Japão (86,2% da população com acesso) e Coreia do Sul (92,4%), também possui um índice baixíssimo de penetração da grande rede: apenas 34,7% do continente tem acesso à internet.
Os dados são realmente preocupantes se considerarmos alguns países populosos (Afeganistão, Paquistão e Myanmar, por exemplo) em que a penetração da internet mal consegue ultrapassar os 10% (dos países mencionados, 5,9%, 14,8% e 1,2%, respectivamente).
Mesmo com índices baixos, regiões como a África e a Ásia possuem locais em que é abundante a conexão com a internet. Porém, há lugares em nosso mundo onde a grande rede não consegue chegar de jeito nenhum. E não estamos falando de países como Cuba, onde o regime político simplesmente impede o crescimento da tecnologia.
Referimos-nos a regiões onde há barreiras físicas ou até mesmo culturais que impedem o lugar de estar conectado. Caso você deseje visitar alguns desses locais, é bom deixar o celular em casa.
É difícil imaginar um lugar remoto e não pensar no Deserto do Saara. Popularmente conhecido como a região mais inóspita do planeta, esse local, definitivamente, é um dos mais desconectados que existe. Nas fronteiras com as cidades até é possível captar algum sinal de celular ou internet. No meio da areia, entretanto, não há resquícios do sinal oriundo das antenas ou satélites.
O verdadeiro maior deserto do planeta, a Antártica, oferece um bom lugar para quem quer se isolar de qualquer tipo de conexão com a internet (e o resto do mundo). Lá, apenas equipamentos especializados conseguem captar o sinal oriundo dos satélites e dificilmente uma pessoa conseguiria checar seu email em meio ao deserto polar.
Ao contrário de Cuba, aqui, praticamente nenhum civil fica conectado. Todo acesso à grande rede é monitorado pelo governo do país e apenas membros da instituição é que são permitidos. Especula-se que existem apenas 30 sites no país, número ínfimo diante do resto mundo (o Brasil, por exemplo, possui mais de 3 bilhões de endereços ativos).
Se por um lado ainda há maneiras de sobreviver no Deserto do Saara ou no frio polar da Antártica, na zona abissal do oceano é impossível sustentar a vida. O “chão” dos mares fica compreendido entre os 4 mil metros de profundidade e o leito oceânico. A inexistência de vida humana, evidentemente, é a causa para a falta de conectividade do local.
No entanto, mesmo submarinos e veículos aquáticos preparados enfrentam dificuldade para manter suas conexões ativas nessas regiões. O grande problema é a água, que fornece uma barreira fortíssima para a propagação do sinal. Portanto, se alguém realmente quiser se isolar do mundo, a zona abissal é a melhor opção.
À exceção de alguns lugares, a falta de investimentos ou condições para melhorar a infraestrutura são os maiores empecilhos para o avanço da internet. No entanto, algumas empresas estão pensando em formas de resolver esse problema e de maneiras nada convencionais.
A Google, por exemplo, pretende utilizar balões WiFi para levar a grande rede a alguns lugares remotos. O Projeto Loon teve início em 2013 e já colocou vários desses “pontos de acesso” na estratosfera do nosso planeta.
O Facebook também entra na brincadeira e seu objetivo é utilizar drones para encher o mundo de internet. Já o bilionário Elon Musk quer distribuir a grande rede através de satélites mais leves e baratos do que aqueles que são usados atualmente.
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Muitas ideias boas aparecem todos os dias para tornar o mundo mais ligado à internet. Será que alguma delas vai vingar? E será que o mundo precisa realmente estar 100% conectado? Deixe sua opinião no campo dos comentários!