Publicado em 6 de janeiro de 2021
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Renne Barbosa
XANDE DE PILARES DUDU BOTELHO MIUDINHO DO SALGUEIRO BETINHO DE PILARES JASSA MIGUEL DIBO W CORREA
Salgueiro 2021
#samba6
No morro onde o samba é dialeto
Toca o banjo do “Guineto”
Chama “Paula” de guerreira
No forro, onde o negro dá no couro
Quem apita é “Mestre Louro”
Professor é “Noel Rosa de Oliveira”
Pelas vidas revendidas no leilão
No Valongo sufocado
Pela argola da opressão
Tantas vozes na miséria do cortiço
Tantos gritos de excluídos e cambaios
Nessa abolição que é tão fajuta onde o negro só labuta
Ainda é 12 maio
Nasceu liberdade no ventre matamba
Pra alguns entidade, pra nós orixá:
A identidade, de Keto e Angola
É o chão da escola de “Babão” e “Anescar”
Nasceu liberdade no ventre matamba
Pra alguns entidade, pra nós orixá:
A mãe tempestade, a pedra que rola,
Que embola e desembola
Ao cantar meu “Sabiá”
Ê Camará ê Camará
Eu fui batizado na roda de capoeira
Resistir é meu legado
Existir minha bandeira
Sigo de punho cerrado
Com Xangô rei da pedreira
Ôô Ôô Mocambo da raça
Não teme a mordaça
Só treme afoxés
Ô ô sentinela do preceito
“Bala” contra o preconceito
“Calça Larga” sobre os pés
Os pés que riscam esse chão sagrado
Mostrando ao mundo o seu gingado
Dançando seus batucajés
Onde eu nasci e fui criado
Salgueiro meu torrão amado
Não tem chave ou cadeado
Nem corrente na senzala
Meu quilombo é encarnado
Preta voz que não se cala
Quando eu pego no ganzá
“Isabel” vai pro terreiro
Arreda que la vem Salgueiro
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