Publicado em 31 de julho de 2020
O Ministério Público do Distrito Federal (MPDF) encontrou diversas irregularidades na apresentação da dupla sertaneja Jorge e Mateus, que aconteceu no último sábado (25) em um hotel de luxo localizado às margens do Lago Paranoá em Brasília. De acordo com o órgão, a empresa organizadora não tinha autorização para realizar o evento.
Segundo a empresa R2 Produções, a apresentação foi organizada para um público restrito, que se limitava aos hóspedes do hotel. No entanto, fãs da dupla decidiram se reunir em lanchas para acompanhar o show sem fazer o uso de máscaras de proteção e sem o distanciamento mínimo recomendado por especialistas e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
As imagens da aglomeração causada pelo show rapidamente viralizaram nas redes sociais e renderam duras críticas aos artistas. Internautas afirmaram que o evento era "sem noção" e não possuía "responsabilidade e empatia". A apresentadora Chris Flores, do programa Triturando exibido pelo SBT, também criticou a apresentação: "Egoístas, irresponsáveis e nojentos. É isso que eu digo sobre vocês", desabafou.
Com a repercussão, a dupla decidiu se pronunciar por meio de sua assessoria. Em nota enviada ao jornal "O Dia", os sertanejos afirmaram que foram contratados para apresentar o evento realizado dentro do complexo hoteleiro, com a plateia nos quartos e sem o fluxo de pessoas. O comunicado prossegue alegando que Jorge e Mateus somente concordaram com a contratação após os organizadores garantirem que tudo ocorreria de acordo com as normas de segurança estabelecidas.
Por sua vez, a R2 Produções alegou que a apresentação não se caracteriza como evento e, portanto, não precisa de autorização. Já o hotel afirmou que seguiu todas as recomendações e argumenta que a aglomeração no Lago Paranoá não é de responsabilidade da empresa e nem dos artistas. O MP estabeleceu um prazo de cinco dias para órgãos se manifestarem a respeito do caso e depois devem analisar quais medidas serão adotadas.
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