Publicado em 4 de agosto de 2020
O Ministério Público do Acre (MP-AC) solicitou à Justiça que o goleiro Bruno Fernandes, condenado a 22 anos pelo homicídio triplamente qualificado da modelo Eliza Samudio, utilize tornozeleira eletrônica durante os treinos e partidas do clube Rio Branco Futebol Clube. O atleta, recentemente contratado pelo time da capital acreana, foi apresentado no sábado (1º) e treina com a equipe desde a última quinta-feira (30).
O pedido foi realizado nesta segunda-feira (03) pelo promotor Tales Fonseca Tranin, da 4ª Promotoria Criminal de Execução e, caso a solicitação seja aceita, determina que o goleiro não estará autorizado a retirar o equipamento. Além disso, se a tornozeleira for danificada durante os jogos e treinos, o clube estará encarregado de arcar com os custos de manutenção. O atleta ainda deve apresentar uma carta de emprego ao Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), exigência imposta a todos os presos que cumprem pena no regime semiaberto.
De acordo com o promotor, os reeducandos que fazem uso da tornozeleira eletrônica no Acre não estão autorizados a jogar bola para evitar possíveis danos ao equipamento. "Como ele veio para jogar futebol e este é o trabalho dele, pedi que o empregador arque com as consequências para não onerar o Estado", explicou Tranin.
O atleta também deve seguir outras regras como, por exemplo, se recolher após às 18 horas durante a semana. Aos domingos e feriados não está autorizado a sair e, caso as partidas aconteçam nessas datas, Bruno precisa pedir permissão. O contrato do goleiro com o clube é de seis meses e ele deve disputar a série D do Campeonato Brasileiro e outras duas competições regionais.
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