Publicado em 23 de agosto de 2020
Relatório publicado nesta sexta-feira (21) pela Controladoria-Geral da União (CGU) mostra que o Ministério do Meio Ambiente usou em 2019 somente uma pequena parcela dos recursos destinados aos programas de mudança do clima e conservação da biodiversidade.
A auditoria anual da CGU focou em três áreas consideradas estratégicas para a preservação do Meio Ambiente: mudança do clima, conservação e uso sustentável da biodiversidade, e qualidade ambiental. De acordo com as informações divulgadas, os valores investidos pelo Ministério do Meio Ambiente ficaram muito abaixo do previsto no orçamento de 2019.
Dos R$ 10,3 milhões previstos para o orçamento de mudança climática somente 13% foram utilizados, por volta de R$ 1 milhão, percentual de gasto parecido com o da verba para conservação e uso sustentável da biodiversidade, onde 14% dos R$ 3 milhões disponíveis foram utilizados.
O Programa de Qualidade Ambiental, que tinha previsão de R$ 6,5 milhões de verba, teve 6% do orçamento efetivamente utilizado.
Em nota, o Ministério do Meio Ambiente admitiu que alterou as prioridades da pasta, que teve o orçamento de 2019 previsto pelo governo de Michel Temer, e focou em programas de qualidade ambiental urbana, como resíduos sólidos, saneamento e qualidade do ar.
Para o Presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (PROAM), Carlos Bocuhy, a estratégia do Ministério do Meio Ambiente vai na contramão de acordos internacionais assumidos pelo Brasil. Ele vê a falta de uso das verbas disponíveis como " uma grande omissão com relação a temas fundamentais para a sociedade brasileira".
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