Três combatentes brasileiros foram mortos em combate na Ucrânia, saiba tudo agora.
Na Legião Internacional da Ucrânia, não há apenas europeus e norte-americanos, há também voluntários de outras regiões do mundo, como do norte da África e da América Latina. E entre os latino americanos, os colombianos e principalmente os brasileiros são os voluntários mais numerosos.
E entre os brasileiros na Legião Internacional da Ucrânia, já tivemos a notícia da morte de três deles em combate, todos morreram em uma situação onde tentavam salvar a vida de companheiros, o que demonstra a bravura destes guerreiros.
O primeiro deles era o porto-alegrense André Luis Hack Bahi, que tinha 44 anos, tinha servido ao Exército Brasileiro, e a Legião Estrangeira Francesa
Atualmente André morava em Quixadá, no Ceará, no dia 4 de junho de 2022, seu último dia de vida, durante uma ferrenha batalha contra o exército russo na cidade de Severodonetsk, André conseguiu salvar um companheiro ferido, o retirando da linha de contato com o inimigo, mas ao voltar, para resgatar um segundo companheiro ferido, André foi alvejado e mortalmente ferido, conseguindo realizar seus dois sonhos, salvar pessoas e morrer em combate.
E neste sábado, recebemos mais uma triste notícia, a morte de mais dois brasileiros voluntários, Douglas Búrigo e Thalita do Valle, ambos integravam o mesmo pelotão de André Hack, morto um mês antes.
O gaúcho Douglas Búrigo tinha 40 anos, era solteiro e serviu ao Exército Brasileiro por quatro anos em Uruguaiana, atualmente trabalhava como caminhoneiro, já tinha morado em diversas cidades das regiões norte e nordeste do Brasil, e atualmente morava em São José dos Ausentes, na serra gaúcha, ele deixou uma filha de 15 anos.
Búrigo chegou a Ucrânia no final do mês de maio, assim que chegou, sem conhecer nada e ninguém, ficou abrigado em uma igreja Universal de Kiev por alguns dias, onde um pastor brasileiro lhe ajudou com alimentação e permitiu que ele dormisse e tomasse banho, para depois seguir em direção ao leste da Ucrânia, conforme ele mesmo postou em seu Instagram.
Segundo relato de seu pai, ele não foi com o objetivo de ser um combatente, mas de trabalhar como socorrista militar, realizando o resgate e o Atendimento Pré Hospitalar de Combate de soldados feridos
No último dia 28 de junho, ele avisou a família por Whatzapp que ficaria sem fazer contato durante alguns dias, pois estaria indo para a frente de combate.
Porém, alguns dias depois, uma triste notícia chegou, de acordo com seu pai, o próprio comandante do pelotão em que Búrigo estava, ligou para a família para avisar de seu falecimento, e informar em que condições se deu a sua morte.
Segundo o oficial ucraniano, Búrigo estava em um alojamento militar na cidade de Kharkiv, que começou a ser bombardeado pela artilharia de mísseis russa, Búrigo teria conseguido sair a tempo do alojamento, mas ao sair, percebeu que Thalita do Valle, compatriota e amiga que conheceu no front, não havia saído, Búrigo voltou para resgatá-la, mas neste momento, um segundo míssil atingiu o alojamento, e ele morreu como um herói, fazendo aquilo que tinha se proposto a fazer quando foi pro front, tentar salvar vidas.
Búrigo conheceu Thalita na Ucrânia, ela o teria ajudado financeiramente antes dele conseguir se alistar na Legião Internacional, e também o havia indicado para servir neste pelotão. Não há muitas informações sobre Thalita do Valle, apenas que era advogada, os seus familiares ainda não foram localizados. Mas há informações que ela mesma postou em seu canal no Youtube, que indicam que antes de se alistar na Legião Internacional da Ucrânia, ela já teria servido como voluntária pesmerga no exército curdo, que luta na Guerra Civil da Síria.
Em seu perfil no LinkedIn, Thalita se identificava como advogada e integrante da comissão de direito dos refugiados da Ordem dos Advogados do Brasil no Estado de São Paulo, e que sua atuação era em ajuda humanitária em áreas de conflito pelo mundo. Atuação em áreas remotas e de escombros.
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