No vídeo de hoje, saiba tudo sobre o Al Hussein, o letal míssil balístico de longo alcance desenvolvido por engenheiros militares da Força Aérea Brasileira, e que apavorou aos Estados Unidos durante a Guerra do Golfo de 1990 e de 2003.
Em setembro de 1980, o ditador Saddan Hussein ordena que as forças armadas do Iraque invadam o território do Irã, para tomar posse sobre uma área rica em petróleo, e que já vinha sendo alvo de disputas diplomáticas a muitos anos entre os dois países.
Porém, depois que o governo da Líbia forneceu para o Irã, ao mísseis Scud B, o Iraque ficou em uma situação muito difícil, pois esses mísseis podem atingir um alvo até a 300 km de distância, portanto, disparados da fronteira entre os dois países, tinham alcance suficiente para atingir as principais cidades iraquianas como Sulaymaniya , Kirkuk e a própria capital Bagdá, que ficaram dentro do alcance dos Scuds B do Irã.
Por outro lado, a capital do Irã, Teerã, fica a mais de quinhentos quilômetros de distância da fronteira com o Iraque, portanto, fora do alcance dos mísseis Scud B que o Iraque possuía, e Saddan Hussein tinha a partir de agora, um grande problema para administrar, sua artilharia de mísseis não tinha capacidade de atingir a capital inimiga, enquanto que a sua própria capital era alvo constante dos mísseis iranianos.
Isso fez com que o governo do Iraque buscasse soluções para sanar esta deficiência, mas a situação era complexa, sanções e outros fatores do contexto geopolítico internacional, faziam com que Estados Unidos e União Soviética limitassem para ambos os lados do conflito, ao fornecimento de mísseis balísticos com alcance superior aos 300km do Scud B, que ambos os lados já possuíam, já que as principais potências temiam que ao término do conflito, a ditadura militar do Iraque, ou a ditadura islâmica do Irã, permanecessem com mísseis que pudessem entregar armas de destruição em massa a muito longas distâncias.
Por volta de 1985, já no governo de José Sarney, o Brasil tinha uma empresa privada desenvolvendo mísseis de cruzeiro de longo alcance, e que tinham capacidade de atingir Teerã, se disparados da fronteira com o Iraque.
Era a empresa Orbita, que estava desenvolvendo a família de mísseis MB/EE, com ogiva de meia tonelada, e que ao contrário do Scud B, tinha alto grau de precisão, e que tinha versões com alcance de 150, 350, 600 e 1000km. Há época, haviam especulações que o MB/EE de 150km, já estava em fase final de desenvolvimento.
De acordo com fonte que deixo abaixo no campo de descrição do vídeo, o governo do Iraque e a empresa Órbita, estavam em negociação, com o governo do Iraque se oferecendo para financiar o desenvolvimento do míssil MB/EE da versão com 600km de alcance, e que daria ao exército do Iraque, a capacidade de bombardear Teerã.
Porém, causas obscuras impediram que o acordo fosse fechado, possivelmente temendo embargos econômicos por parte dos Estados Unidos, o governo de Sarney não teria autorizado a negociação.
Entretanto, conforme várias fontes que também deixarei no campo de descrição, Sarney enviou secretamente para o Iraque em 1986, a uma equipe de 25 cientistas e engenheiros militares oriundos do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, da FAB, a missão era chefiada pelo Brigadeiro Hugo de Oliveira Piva, que chefiava pesquisas do Centro Aeroespacial da FAB em São José dos Campos. Afinal, continuava do interesse brasileiro, uma vitória do Iraque, mas o governo de Sarney não queria sofrer embargos por fornecer armas de longo alcance para Saddan Hussein.
Oficialmente, a missão brasileira tinha como objetivo, desenvolver um míssil ar ar com alcance de 8km, e uma aeronave de alerta aéreo antecipado, medidas que visavam ajudar a força aérea iraquiana a se recuperar dos diversos reveses que vinha sofrendo contra a força aérea iraniana, e que eram armamentos que não sofriam nenhum tipo de embargo internacional, situação bem diferente dos mísseis balísticos de longo alcance.
Porém, conforme o famoso jornal dos Estados Unidos, New York Times, a verdeira missão da equipe do brigadeiro Piva era conseguir aumentar o alcance dos mísseis Scud B de origem soviética, que o exército iraquiano tinha centenas em seu inventário, de modo que conseguissem atingir Teerã. Quer saber mais? Assista ao video.
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Leitura adicional:
https://www.csmonitor.com/1992/0210/10181.html
https://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft0604200321.htm
https://irp.fas.org/threat/missile/brazil.htm
https://www.academia.edu/6248286/NO_MEIO_DO_FOGO_CRUZADO_A_PARTICIPA%C3%87%C3%83O_DO_BRASIL_NO_CONFLITO_IR%C3%83_IRAQUE
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