Publicado em 26 de janeiro de 2019
Rompimento de barragem deixa ao menos sete mortos, diz governo de MG
A Vale informou ao governo estadual que havia 427 pessoas no local do rompimento da barragem. Ainda há cerca de 150 funcionários desaparecidos
Equipes de Resgate do Corpo de Bombeiros realizam buscas em área atingida por rejeitos após rompimento da barragem da mina do Feijão em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais - 25/01/2019 (Washington Alves/Reuters)
O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais localizou até o momento os corpos de sete vítimas do rompimento da barragem do Córrego Feijão, da Vale, em Brumadinho (MG). Segundo comunicado divulgado pela assessoria do governador mineiro, Romeu Zema (Novo), na noite desta sexta-feira, 25, os mortos ainda não foram identificados.
Nove pessoas foram retiradas com vida da lama com rejeitos de minério de ferro e outras 100 que estavam ilhadas foram socorridas. A mineradora informou ao governo estadual que havia 427 pessoas na Mina Feijão, onde a barragem estava localizada, das quais 279 foram resgatadas com vida. Ainda há cerca de 150 funcionários da empresa desaparecidos, cujos nomes foram pedidos à Vale pelos bombeiros.
A mineradora vai criar um número 0800 para coletar informações sobre desaparecidos na tragédia.
local do desastre de Brumadinho, número que será dobrado na madrugada deste sábado, 26. “Dezenas de helicópteros do aparato estadual e de outros órgãos participam das buscas por sobreviventes. O posto de comando foi montado em uma faculdade de Brumadinho e será mantido pelos próximos dias”, diz a nota do governo mineiro.
A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) afirma que não há risco de desabastecimento de água na região metropolitana de Belo Horizonte. Há cerca de 2.000 pessoas sem energia na região.
Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), a barragem da Usina Hidrelétrica Retiro de Baixo, a 220 quilômetros do local do desastre, deve conter os rejeitos e impedir que eles percorram o rio Paraopebas até o rio São Francisco. A onda de lama deve atingir a usina em dois dias, conforme estimativa da ANA.
O governo do presidente Jair Bolsonaro e a gestão de Romeu Zema instalaram gabinetes de crise para gerenciar os desdobramentos do desastre e o atendimento às vítimas.
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, está em Brumadinho e acompanhou Zema em um sobrevoo sobre a região afetada pelo incidente. Os ministros do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, e das Minas e Energia, Bento Albuquerque, também vão ao local do rompimento da barragem. Bolsonaro deve ir a Brumadinho na manhã deste sábado, 26.
“Vamos tentar diminuir o tamanho do mal que essa barragem, ao se romper, proporciona ao meio ambiente e junto à população. Não quero culpar os outros pelo que está acontecendo, mas algo está sendo feito errado ao longo dos tempos”, disse o presidente em entrevista à Rádio Regional FM.net, da cidade mineira.
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