Publicado em 21 de fevereiro de 2019
Marido se desespera após mulher e bebê morrerem no parto; médicos foram negligentes, diz família
Manaus/AM - Ila Arantes Fernandes, de 35 anos, e a bebê morreram na noite desta sábado (16), horas após o parto, na maternidade Balbina Mestrinho, em Manaus.
Segundo familiares, Ila esperou mais de 24 horas para ser conduzida a uma sala de cirurgia, mesmo com sangramentos. Segundo o esposo da vítima, a mulher deu entrada na maternidade da noite de quinta-feira, recebeu um medicamento, mas a dor não passava e o sangramento não parava. O esposo da vítima disse que chegou a procurar os médicos de plantão mas foi informado de que a situação de sua mulher não era grave e que ela teria parto normal.
O marido da vítima disse que ela foi internada na tarde de sexta-feira (16) e desde então, não recebeu mais informações sobre sua esposa até ser comunicado sobre as mortes. Ilha estava no penúltimo mês de gestação.
A SUSAM, se manifestou por meio de nota:
"NOTA DE ESCLARECIMENTO
A paciente I.A.F entrou na maternidade Balbina Mestrinho aos 0:12 de sexta-feira, 15/02, queixando-se de dor no baixo ventre e febre de seis dias.
Foi imediatamente internada para acompanhamento clínico em enfermaria de alto risco.
Em nenhum momento houve falta de leito ou de assistência à gestante. Uma vez que o exame apontou gravidez de 34 semanas e frequência de 127 batimentos cardíacos fetais, sem sinais de gravidade presentes, preservou-se o bebê, aguardando a maturidade fetal.
O tratamento inicial à paciente seguiu protocolo, focando na infecção do trato urinário e no monitoramento por ameaça de parto prematuro.
No dia seguinte, o quadro evoluiu com descolamento prematuro de placenta e, durante a cesariana, por volta das 15h, foi constatada a morte do bebê. A mãe teve forte hemorragia, tendo sido submetida a transfusão de sangue.
Em seguida, a paciente foi encaminha à UTI, mas não resistiu, indo a óbito após três paradas cardíacas.
Desespero - No momento em que recebeu a notícia das perdas da mãe e do bebê, o pai da criança ficou transtornado e tentou quebrar a máquina de lanche e outros objetos da recepção da maternidade.
Os seguranças foram chamados para conter o pai.
O serviço social prestou assistência à família, incluindo locomoção para a resolutividade dos trâmites póstumos.
A Secretaria de Estado de Saúde (Susam) lamenta a perda para a família e abrirá sindicância para apurar as circunstâncias do atendimento e as responsabilidades, caso seja constata falhas nos procedimentos."
Portal do Holanda
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