Publicado em 10 de janeiro de 2022
A história do viajante perdido conta sobre o dilema de se escolher o caminho curto-longo (ou, simplesmente, um atalho) ou o caminho longo-curto. É uma linda história com uma reflexão profunda.
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Certa vez, um viajante se perdeu na floresta e tentou retomar o caminho que o levasse até a sua casa. Enquanto procurava o caminho, viu-se diante de um problema: ele chegou a um ponto na floresta em que ela se dividia em dois caminhos diferentes e ele não sabia qual dos dois caminhos tomar.
Entre um caminho e o outro, havia um menino, que por feliz coincidência do destino, estava lá, olhando com a maior curiosidade para o viajante: entre um caminho e o outro.
- Olá, menino, você sabe me dizer por qual desses dois caminhos eu deveria seguir para chegar até a cidade?
Ao passo que o menino respondeu:
- Se você seguir esse caminho (e apontou para um dos lados), você pegará o caminho curto-longo, mas se você pegar esse outro (e apontou para o outro lado), você pegará o caminho longo-curto.
O viajante, impaciente, porém educado, agradeceu ao menino e tomou o caminho curto-longo, ao qual antes que ele imaginasse já estava vendo a cidade. Apesar disso, o caminho estava repleto de obstáculos como árvores caídas, solo escorregadio, animais selvagens... O viajante retornou para onde estava o menino e perguntou-lhe:
- Por que você me disse que esse era o caminho curto?
Ao passo que o menino respondeu:
- Eu também te disse que é o caminho longo.
Ao mudar de direção e seguir agora pelo caminho longo-curto, o viajante não viu a cidade tão rapidamente quanto pelo caminho anterior, mas encontrou um solo mais estável e um caminho tranquilo, sem dizer nas belezas da natureza que ele pôde admirar enquanto fazia a sua travessia.
O viajante chegou bem à cidade e não esqueceu a lição que aprendeu com aquele misterioso e enigmático menino.
Moral da História: essa é uma história que fala sobre a pressa de conquistar as coisas, muitas vezes sem questionar o que há por trás de um suposto atalho.
Todo mundo já pegou não somente um, mas muitos caminhos curtos-longos, muitos atalhos que não levaram a lugar nenhum, principalmente quando vem algum momento de desespero e a gente tá topando qualquer mágica pra tirar a gente dessa.
Mas, uma vez que a gente observa esse desespero sem se afobar, respira fundo e aceita que não há nada de errado em tomar o caminho longo-curto, aí então a gente aproveita a travessia e retomamos o caminho daquilo que é a nossa verdadeira essência.
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