Publicado em 3 de agosto de 2023
O VIDEO SOBRE A DOJA CAT SAI LOGO LOGO!
Tradução das cartas da Lana Del Rey
Uma pergunta para a mídia:
Agora que Doja Cat, Ariana, Camila, Cardi B, Kehlani, Nicki Minaj e Beyoncé tiveram suas músicas em primeiro lugar falando sobre se sentir atraente, ficar sem roupa, fazendo amor, traindo e etc, posso eu POR FAVOR voltar a cantar sobre conectar-se com seu próprio corpo, sentir-se linda por estar apaixonada mesmo que esse relacionamento não seja perfeito, sobre dançar por dinheiro ou qualquer outro assunto que eu queira cantar sobre sem ser crucificada ou que digam que eu estou glamurizando o abuso?
Eu tô de saco cheio de compositorAs e cantorAs do meio alternativo dizendo que eu glamorizo o abuso quando na verdade eu sou apenas uma pessoa glamurosa pra caramba e rainha do funk, brinks, uma pessoa glamurosa cantando sobre realidades que agora rotulamos como relacionamentos emocionalmente abusivos que acontecem pelo mundo.
Com todos esses tópicos que agora, finalmente, as mulheres podem explorar, eu só quero dizer que ao longo dos últimos 10 anos eu acho patético que, quando eu exploro, artisticamente, minha atitude submissa ou até mesmo passiva em meus relacionamentos, por mínima que seja essa exploração, as pessoas dizem que estou retrocedendo com o papel da mulher para séculos atrás.
Vamo esclarecer uma coisa aqui: eu não estou sendo contra o feminismo, mas tem que haver um lugar no feminismo para mulheres que se parecem e agem como eu, o tipo de mulher que diz não mas que os homens escutam sim - o tipo de mulher que é impiedosamente repreendida por expressar seu lado autêntico e delicado, o tipo de mulher que tem sua voz e histórias tomadas por mulheres mais fortes ou por homens que odeiam mulheres.
Eu tenho sido bem honesta e otimista sobre os relacionamentos um tanto quanto desafiadores que eu tenho tido.
E ADIVINHA SÓ? É assim que acontece com inúmeras mulheres.
E essa tinha sido, infelizmente, minha experiencia até o momento em que minhas músicas tinham sido gravadas. Só quero dizer que tem sido longos 10 anos de avaliações xexelentas sobre o meu trabalho e eu realmente aprendi bastante sobre elas mas eu também entendo que eu abri espaço para que mulheres simplesmente PAREM de dar um sorriso amarelo e possam dizer o que realmente querem com sua música.
Diferente do que aconteceu comigo quando eu quis expressar um pingo que fosse de tristeza em meus dois primeiros álbuns, eu era taxada de histérica como se estivéssemos vivendo nos anos 20.
Carta 2
Algumas observações sobre o meu post “polêmico” que não foi polêmico coisa nenhuma. Apesar do retorno que eu tive das pessoas que eu mencionei, de forma positiva, seja a Ariana ou a Doja Cat, eu quero dizer que eu me mantenho firme com minha postura, já que eu falava como é importante que mulheres mais delicadas possam falar por si mesmas já que são constantemente ignoradas justamente por assumirem uma postura mais sutil e que deve haver sim espaço para essas mulheres no feminismo que aliás, deve acontecer em breve com uma nova/terceira onda do feminismo que tá chegando viu menina.
Talvez eu deveria ter dado mais contexto da primeira vez mencionando que o título do segundo livro que vai ser lançado no próximo mês de Março chamado “por trás dos portões de ferro - reflexões sobre uma instituição".
Perdão para aqueles que eu concluo que sejam super conservadores ou super liberais ou até mesmo críticos que adoram uma chamada sensacionalista que não sabem interpretar um texto e fazem de tudo pra que a discussão seja de cunho racista, quando na verdade eu estava falando sobre as críticas vindas de mulheres e mulheres artistas do meio alternativo que estão dissociadas de suas vulnerabilidades e sexualidade e apontam o dedo para artistas que conseguem falar abertamente de sexo como eu E as mulheres que eu citei anteriormente.
Quando você faz da minha discussão algo relacionado a racismo, isso diz mais de você do que de mim. Você quer é caçar treta, não querendo acreditar que uma mulher pode ser Bonita, Forte e Vulnerável ao mesmo tempo, apaixonante e etc ao acrescentar um ponto de vista pra desfalcar meus argumentos pelo simples prazer de querer ver o circo pegar fogo.
Porém, nada de novo com essas reações negativas. O mesmo aconteceu 10 anos atrás quando um milhão de donos da razão vieram falar que eu fingia fragilidade emocional ou que eu mentia sobre ser pobre quando tudo isso era verdade.
Meu objetivo e minha mensagem são claros.Eu escrevo minha própria história. Se quem eu mencionei não quiser ser associada a comigo, por mim tá super de boas. #pop #lanadelrey #arianagrande
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Sobre a quarta onda do feminismo:
https://www.glamour.com/story/lana-del-rey-implied-that-ariana-grande-reached-out-over-her-controversial-post
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