Publicado em 20 de maio de 2018
Comandante Rogério Maconha. Poucos pilotos desconhecem essa lenda da aviação brasileira. Aposentado, 74 anos, Maconha vive em um pequeno apartamento em Copacabana, Rio de Janeiro. Já foi considerado o melhor piloto de garimpo do Brasil. Por "piloto de garimpo" entenda-se alguém louco o suficiente para botar no avião até 60% a mais de sua capacidade de carga - e voar horas sobre a selva. Foi o que Maconha fez, de 1947 a 1997. Ganhou e perdeu muito dinheiro. Pintou o caneco. Casou-se 15 vezes e caiu 19 na selva. O apelido? Em 1950V, os aeroviários realizaram uma assembléia no aeroporto Santos-Dumont. Saguão lotado, eis que sobe ao estrado o então co-piloto Rogério Prunes de Abreu, gaúcho de Cachoeira do Sul. Já devidamente alcoolizado e com a juba despenteada. Acontece que no dia anterior havia sido preso na Praça Mauá um tal Zé Maconha, igualmente cabeludo. A foto saiu na primeira página dos jornais. Nosso co-piloto mal teve tempo de falar. Do fundo, um gaiato gritou: "Rogério Maconha!". Pronto. A alcunha grudou para sempre. "O engraçado é que só provei a droga no fim da vida", conta. "E vi que perdi muito tempo - é melhor que cigarro americano", compara o comandante, que conta a seguir alguns de seus melhores momentos.
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