Quem costuma ir muito ao mercado ou comer fora de casa sabe que tirar a carteira, pegar o cartão de crédito, digitar a senha, esperar o pagamento ser aprovado e recolher o cartão é uma tarefa chata e às vezes até demorada. Pior ainda é pegar uma série de notas para realizar a transação e receber como trocados moedas de todos os tamanhos e valores que só ocupam espaço.
Há alguns anos, métodos alternativos de pagamento usando o smartphone ou outros dispositivos surgiram e, na melhor das hipóteses, podem ser capaz de substituir todos os processos descritos acima em um futuro próximo. A seguir, você conhece alguns deles — e já avisamos que decidimos por não colocar alguns serviços mais óbvios, como a Google Wallet e o app principal do PayPal. O Zettle, que foi lançado no Brasil no ano passado, merece uma menção honrosa.
Portanto, filtramos aqueles que mais apresentam potencial ou diferenciais em relação aos concorrentes. Como vários desses serviços são exclusivos dos Estados Unidos ou apenas se popularizaram por lá, reunimos também algumas opções nacionais para ninguém ficar de fora dessa onda de inovações.
De longe o serviço mais popular da lista e também o que mais recebe atenção e publicidade, o Apple Pay é praticamente hors concours. O recém apresentado serviço de pagamento pelo celular da Apple funciona pelo iPhone 6 e pelo iPhone 6 Plus, além do iPad Air 2 e do iPad mini 3 (sem contar o ainda não lançado Apple Watch) e tem como principal objetivo aposentar as carteiras físicas, já que você pode cadastrar qualquer cartão de crédito no serviço Passbook.
O método escolhido para efetuar as transações é o NFC (Near Field Communication), em que basta aproximar o dispositivo do terminal de pagamento para confirmar a operação. Apesar das promessas da Apple, não pense que é só sair com o iPhone para pagar qualquer coisa em qualquer lugar: o serviço exige que lojas e restaurantes tenham um equipamento adequado, além de até agora só funcionar nos Estados Unidos.
Pouco divulgado e com previsão de lançamento só para 2015, o CurrentC deve ser o grande rival do Apple Pay na guerra de pagamentos usando dispositivos móveis, especialmente nos Estados Unidos. Isso porque várias redes de farmácias e até gigantes como Walmart e Best Buy já avisaram que vão recusar o sistema da Maçã para adotar a concorrência.
O CurrentC é de propriedade da Merchant Customer Exchange e não exige os equipamentos caros de NFC, usando um sistema bem simplificado de download com base na leitura de QR Codes. Além disso, o app poderá ser baixado por qualquer dispositivo Android ou iOS.
O app de pagamentos do PayPal todo mundo já conhece, mas o PayPal Beacon deixa o serviço ainda melhor. Trata-se de um pendrive que atua como dispositivo de Bluetooth, capaz de se conectar com o aplicativo de consumidores e facilitar a transação — na verdade, o consumidor não precisa nem pegar o celular na mão, já que é só manter o Bluetooth ligado e deixar o lojista fazer todo o serviço.
A API ainda será liberada para que desenvolvedores tirem proveito e criem serviços integrados com o dispositivo. Por enquanto, ele não tem data de lançamento e preço definidos e deve funcionar em poucos países, como Estados Unidos, Japão, Austrália e Inglaterra.
O Forte é um app que transforma dispositivos móveis em terminais de pagamento, assim como vários outros. Porém, ele leva o nome a sério e é capaz de guardar com muita segurança os dados envolvidos nas transações — uma preocupação válida, já que estão em jogo cartões de crédito e contas bancárias.
O diferencial é o sistema iDynamo, um hardware adicional acoplado no smartphone. Ele criptografa os dados com mais precisão e segurança, detecta fraudes na hora e adiciona várias camadas de proteção às transações. O leitor em si custa US$ 99.
Os relógios inteligentes estão começando a invadir o mercado com tantas funções quanto um celular, mas a Watch2Pay mira somente o público consumidor: o acessório mostra as horas de verdade, mas conta com um chip interno da Mastercard que funciona como um cartão pré-pago. Além de pagamentos, é possível retirar dinheiro com a mesma tecnologia.
Com ele, você só precisa usar o relógio no local em que for realizar um pagamento. Funções extras incluem alertas via SMS e acesso à conta via celular. O serviço funciona em qualquer lugar do mundo que aceitar o sistema MasterCard PayPass. A taxa mensal é de US$ 5,99, enquanto o relógio custa a partir de US$ 99.
Já consolidado na área, o Square se destaca por oferecer uma infinidade de serviços de qualidade envolvendo o pagamento mobile. O app que é capaz de efetuar os pagamentos é gratuito para baixar, funciona para iOS ou Android e suporta 130 moedas diferentes.
O serviço apresenta uma plataforma completa de gerenciamento para recibos, balanço, relatório de vendas e gráficos de análise. Ele ainda pode ser conectado a outros acessórios, como impressoras, scanners de código de barras e caixas registradoras.
A compra deu R$ 9,99 e você faz questão de receber o centavo restante em vez de "troco em bala" ou deixar a loja embolsar o valor? O Piggo é um serviço que cria uma carteira virtual especializada em receber valores pequenos e quebrados.
O sistema funciona a partir de dois aplicativos: um usado pelos donos ou caixas de estabelecimentos e outro pelo consumidor, ambos precisando de cadastro. Na hora de pagar, você só precisa falar que deseja receber o troco usando o Piggo, informar o CPF e aguardar que o dinheiro (previamente enviado para a plataforma pelo lojista) seja creditado na sua conta. Quando acumulado, o montante pode servir para recarregar o celular, doar para instituições ou ser usado como a própria forma de pagamento.
A ideia do Usecash é muito parecida: acabar com o troco em bala e com arredondamentos de preço na hora de acertar a conta, duas práticas comuns, porém proibidas e que podem resultar até em multa aplicada pelo Procon.
E você nem precisa estar cadastrado para receber o valor: o lojista pode enviar um cupom virtual para o seu celular e, quando voltar para casa, é só criar uma conta e colocar o código recebido por SMS. Após receber vários trocados, você pode usar o valor total em compras em locais conveniados. Nesse caso, a taxa cobrada por transação é sempre de 1% do valor total do dinheiro envolvido, bem menos que serviços como o PayPal.
O CataMoeda não é um aplicativo mobile, mas sim uma tecnologia bem curiosa que também tem como objetivo melhorar a circulação de moedas ou dar um destino correto aos trocados. O funcionamento é o contrário dos exemplos anteriores: ele serve para quando você recebe centavos demais após uma compra.
Tudo começa com você despejando as moedas em uma máquina bem chamativa, na cor rosa e com um visual futurista. Ela conta a quantia depositada e como resultado, imprime um cupom que, além do seu valor em moedas, adiciona um “bônus” por você ter escolhido o serviço. O montante pode ser usado para compras no local em que a máquina está posicionada ou até doado para a caridade. Até agora, já foram mais de 6,73 milhões de moedas depositadas nos terminais. Você encontra os estabelecimentos parceiros do serviço por este link. Por enquanto, são todos no Paraná.