A novela da venda da TIM ainda não acabou e, pelo aprece, está longe ver seu capítulo final. A mais recente reviravolta na trama é uma notícia vinda da Europa. O conselho diretor da Telecom Itália, controladora da TIM Brasil, aprovou a fusão da sua operadora com a brasileira Oi. Isso quer dizer que, a partir de agora, essa negociação entre as duas é a operação preferencial da companhia.
Mesmo assim, nada está concretizado por enquanto, sendo necessário a Telecom Itália e a Oi entrarem em um acordo definitivo para a fusão. Não se fala em valores, mas a TIM Brasil está avaliada em R$ 32 bilhões.
Caso a Oi realmente acabe englobando a concorrente, não se sabe quanto desses bilhões ela teria que desembolsar, uma vez que boa parte desse valor está nas mãos de acionistas independentes. A Oi, portanto, poderia passar a ser sócia dessas pessoas físicas e jurídicas e trazer o controle da nova gigante da Europa para o Brasil.
Com essa aprovação, ambas a operadoras devem seguir agora para outros passos da aquisição. A Tim é a segunda maior operadora do Brasil e a Oi a quarta maior. A união dessas duas resultaria no maior conglomerado de telecomunicações do Brasil, e existe a possibilidade de o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) interferir para não haver formação de monopólio.
Outro problema que essa negociação pode enfrentar está na Anatel. A agência reguladora do setor está de olhos atentos à venda da TIM e, caso ela seja fundia à Oi, muitos problemas quanto à frequência de redes e concessões viriam à tona.
A venda da TIM está sendo estudada pelo fato de a empresa espanhola Telefónica (controladora da Vivo) ter adquirido boa parte das participações na Telecom Itália (controladora da TIM Brasil). Como essas empresas estão por trás das duas maiores operadoras de telefonia celular do país, uma das duas teria que ser removida desse negócio.
Rumores anteriores davam conta de que a TIM seria fatiada entre Vivo, Claro e Oi. Nada disso foi confirmado pelas envolvidas até o momento e, com essa novidade vinda da Telecom Itália, essa possibilidade fica bem mais fraca.
Vale notar ainda que existe o imbróglio da Oi com a Portugal Telecom. Essas duas operadoras estavam para se fundir quando a brasileira ficou sabendo de uma dívida bilionária da colega portuguesa. Quando o negócio foi comprometido em Lisboa, a Oi viu a TIM como uma alternativa muito mais interessante. Agora resta esperar e ver como será consolidado o mercado brasileiro com toda essa movimentação recente nas telecomunicações