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Eu estava quase aposentando meu console quando vi, em uma loja suspeita, esse cartucho. Era vendido sem caixa. Lembro que pensei: “Uau, Donkey Kong para Mega Drive, finalmente!” Obviamente foi uma frase estúpida, mas a minha noção de jogos exclusivos para cada console, na época, limitava-se apenas a Mario e Sonic.
Não preciso dizer que foi uma grande decepção. Eu tentei gostar desse jogo, juro que tentei. O jogo apresentava 5 mundos, subdivididos em 2 estágios cada, com um chefão ao final de cada mundo, e utilizava os “sprites” de personagens diretamente copiados do jogo de SNES, porém com um framerate muito menos fluido, o que tornava os gráficos muito piores e a animação truncada. O botão A servia para carregar barris, o B para correr e o C para pular e, portanto, tinha uma jogabilidade e amplitude de comandos muito menor que a versão original. Como todo “bom” jogo pirata da época, não apresentava função para salvar, nem sequer os famosos passwords. Apenas um golpe do inimigo bastava para o nosso DK paraguaio morrer.
Veja bem, eu não estou falando de uma cópia idêntica, como são os “jogos piratas” de hoje em dia. Eu estou falando de um jogo novo, construído para o mega drive, utilizando o nome e os recursos do jogo original de Super Nintendo, só que desenvolvido por alguém não identificável e obviamente sem a licença da Nintendo. Entretanto, de forma misteriosa como ocorria com os piratas da época, esse jogo se difundiu ao redor do mundo.
Após essa breve explicação, seria quase um pleonasmo dizer que esse jogo é uma merda sem tamanho porcaria, e por isso, constitui um grande “Verme Maldito”.