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Fala AssombradOs! Enquanto o Brasil regride, quando o assunto é a exploração espacial e a rentável indústria aeroespacial, o Reino Unido chegou a um marco crucial em sua tentativa de lançar espaçonaves, em solo britânico, até 2020. Um projeto de lei "Space Industry", que está prestes a ser assinado, permitirá a construção de espaçoportos, no Reino Unido, para ajudar as empresas britânicas a desfrutar de um acesso mais rápido e mais barato ao espaço sideral. Atualmente, as empresas do Reino Unido precisam lançar satélites a partir de outros países, expondo-as a custos substanciais, atrasos e muita burocracia. A nova legislação, que já deverá estar assinada no momento que você estiver lendo ou ouvindo esse texto, estabelece um plano para as regras de segurança, responsabilidades e licenciamento. Isso é algo fundamental, caso o governo queira cumprir a meta de lançar o primeiro satélite comercial, a partir da Grã-Bretanha, até 2020.
Uma vez lançados, os satélites espaciais poderiam ajudar a fornecer banda larga às comunidades rurais, e monitorar os sistemas meteorológicos à medida que orbitarem a Terra. Aliás, eles podem até mesmo ajudar os profissionais de saúde rurais, que fazem uso de comunicações via satélite, a diagnosticar e auxiliar pacientes, que moram longe de serviços especializados de saúde. O objetivo é aumentar a participação da Grã-Bretanha no mercado espacial global de £400 bilhões por ano (cerca de R$ 1,8 bilhões) de 6,5% para 10% até 2030. O governo acredita que isso trará muito dinheiro, irá gerar milhares de empregos e ampliará a pesquisa científica britânica.
Isso significa, por exemplo, que cientistas britânicos serão capazes de realizar experimentos vitais de gravidade zero, que poderiam ajudar a desenvolver vacinas e medicamentos. Os antibióticos crescem de forma diferente, quando não há gravidade e, portanto, isso tem o potencial para ajudar os cientistas a realizar pesquisas revolucionárias. Nos voos espaciais também podem ser realizadas centenas de experiências científicas vitais em questões médicas, assim como o envelhecimento e o corpo humano. Jo Johnson, ministro dos Transportes, disse que a nova legislação coloca o Reino Unido na vanguarda da nova corrida espacial, tornando-os competitivos e gera uma nova escolha para as empresas ao redor do mundo lançarem seus satélites.
A nova legislação também abre as portas para o setor de turismo espacial britânico, embora o governo tenha dito que não tem planos atuais para criar as regras necessárias para voos de passageiros. Além disso, o governo decidirá no fim do ano, onde será criado o primeiro espaçoporto, sendo que seis locais estão na disputa. Jules Matteoni, diretor de operações do aeroporto de Glasgow Prestwick, um dos quatro possíveis locais na Escócia, demonstrou estar muito empolgado com a nova lei. Ele disse que, assim que a mesma for promulgada e o quadro regulatório estiver em vigor, irá solicitar uma licença na tentativa de se tornar o primeiro espaçoporto do Reino Unido e da Europa. Quem está vendo isso com bons olhos são as empresas da indústria aeroespacial. A Lockheed Martin, por exemplo, disse que apoia os esforços do governo britânico e demonstrou estar interessada em financiar espaçoportos no Reino Unido. Enfim, infelizmente essa é uma realidade cada vez mais longínqua em nosso país!
Redator Marco Faustino
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